O jornal Rascunho, uma das principais e mais longevas publicações a se dedicar exclusivamente de literatura no Brasil, recomendou Vertigem do chão usando as seguintes palavras:
Depois de Pequena biografia de desejos (2011) e O beijo de Schiller (2014), o curitibano Cezar Tridapalli vem com o que considera seu romance mais ousado. Em Vertigem do chão, a narrativa deixa de ter somente a capital paranaense como cenário para também ganhar as ruas da cidade holandesa de Utrecht. Para essa expansão do universo ficcional, que traz inúmeros personagens, cenários e suas relações, Tridapalli precisou de cerca de 680 anotações e desenvolveu uma trama pautada em corpo e território, trazendo um bailarino brasileiro (Leonel) e um atleta holandês (Stefan) no centro da história. A insatisfação de ambos para com seus países de origem é o que dá corpo à obra, abrindo espaço para reflexões sobre a idealização e suas armadilhas, no que o leitor acompanha — simultaneamente, mas em espaços diferentes — as trajetórias dos personagens. Segundo o escritor e professor da Universidade Federal do Paraná Caetano Galindo, este é um livro “para quem quer mais e quer riscos; quer atrito: novidade. Um livro para quem acha que o romance brasileiro, hoje, pode ainda ser outro”.
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