• Início
  • Psicanálise
    • Atendimento
    • Consultórios para locação
    • Minha história com a psicanálise
    • Mais
  • Literatura
    • Vertigem do chão
    • O beijo de Schiller
    • Pequena biografia de desejos
    • O autor
    • Os leitores
    • Outras produções
    • Leituras
    • Nas livrarias
    • Booktrailer
    • Mais
  • Tradução
  • Entre em contato
  • Início
  • Psicanálise
    • Atendimento
    • Consultórios para locação
    • Minha história com a psicanálise
    • Mais
  • Literatura
    • Vertigem do chão
    • O beijo de Schiller
    • Pequena biografia de desejos
    • O autor
    • Os leitores
    • Outras produções
    • Leituras
    • Nas livrarias
    • Booktrailer
    • Mais
  • Tradução
  • Entre em contato
CapaParaná Online: “Autor curitibano cria pedra ...
Anterior Próximo

Paraná Online: “Autor curitibano cria pedra fundamental da nova literatura”

O jornalista Jonatan Silva, em sua coluna de 20/6/2014 no Portal Paraná Online, destaca O beijo de Schiller como pedra fundamental da nova literatura paranaense. A matéria em sua fonte original pode ser lida aqui. Abaixo, a íntegra da publicação.

Foto: Paulo Henrique Camargo.
Foto: Paulo Henrique Camargo.

 

Autor curitibano cria pedra fundamental da nova literatura

Foi com um beijo que Judas traiu Jesus. É com um beijo que os noivos selam a cerimônia de casamento e é com O Beijo de Schiller que o escritor curitibano Cezar Tridapalli cria a pedra-fundamental da nova literatura paranaense. O livro, que recebeu o Prêmio Minas Gerais de Literatura, é uma metáfora para as situações-limite que desintegram o que resta do dia a dia. Emilio Meister, escritor mais comentado que lido, e sua esposa são vítimas de um sequestro no litoral catarinense e que acaba por se estender até a chegada do casal a Curitiba.

Apesar de ter chances de se livrar do marginal, um rapaz de 20 anos e armado com um revólver, Meister decide se acostumar ao algoz, que passa a ser um elemento presente em todas as horas – inclusive a rotineiras “reclusões” ao banheiro. Tridapalli  é ambicioso ao alinhar o dever moral que leva o personagem a sustentar o sequestro – muito mais por pena que por medo – às convenções sociais de um casamento estilhaçado pela crise familiar.

Mas ninguém é inocente. Assim como Simon Axler (de Philip Roth) e Henry Perowne (de Ian McEwan), Emilio Meister é uma vítima de si mesmo, de suas visões de mundo. Por isso, a chegada do rapaz é, na verdade, uma inversão da Anunciação: ao invés de ser como o Gabriel, que trouxe a boa nova à Maria, ele trouxe o caos, o apocalipse. Aquele jovem é como o Visitante de Pasolini, por onde passa deixa um rastro de destruição.

“Meistria”

Meister é uma pessoa conhecida, participa de mesas-redondas, aparece na TV, enfim, conta com uma vida social dentro do normal. Sua filha, Vitória, não consegue enxergar o mesmo: para ela, o pai é homem ausente, distante, corrompido pelos prêmios e pela fama. A maior lembrança que possui da filha enquanto menina é justamente a mesma que ela tem do pai – a criança agarrada às calças de Meister – porém, a interpretação e o ponto de vista são completamente diferentes.

O pai vê aquele gesto como uma prova de amor, de apego; a filha tem na necessidade de se agarrar ao pai o ultimato de que era preciso mendigar a sua atenção, grilar as terras do afeto. Logo, chega-se ao ponto em que a arma do sequestrador já não assusta e o revólver passar a ser um elemento puramente cênico, como um abajur ou uma parede. O que tira o sono de Meister é a crise com a filha e a esposa, símbolos da supremacia da classe-média – ou mérdea, como diria João Antônio.

No final das contas, o romance de Tridapalli é o cenário de nosso cotidiano – meu, seu e do autor – transfigurado no absurdo que se esconde nas convenções sociais e no amadorismo que todos nós carregamos na tentativa de viver.

 

Compartilhar!
Tweet
Notice: Please check settings of Facebook API in Theme Options -> Advanced

autor

Sobre o autor

Escritor, leitor, tradutor, estudioso de psicanálise. Filho e pai.

Postos Relacionados

‘Vertigem do chão’ entre os livros mais marcantes da década

O Caderno Pensar, do Estado de Minas, juntou 20 críticos, livreiros, pesquisadores e produtores ...

“Bárbara”: um conto de Cezar Tridapalli

O conto “Bárbara”, de Cezar Tridapalli, saiu na edição de março/2021 no Jornal Rele ...

Jornal Rascunho recomenda: ‘Vertigem do chão’

O jornal Rascunho, uma das principais e mais longevas publicações a se dedicar exclusivame ...

Como eu escrevo? Entrevista com Cezar Tridapalli

O site “Como eu escrevo” me fez uma série de perguntas sobre – ora, ora – como eu escrevo. Desc ...

Deixe um Comentário Cancelar resposta

Copyright © 2013 Design by Jawtemplates.com.
  • Início
  • Psicanálise
    • Atendimento
    • Consultórios para locação
    • Minha história com a psicanálise
    • Mais
  • Literatura
    • Vertigem do chão
    • O beijo de Schiller
    • Pequena biografia de desejos
    • O autor
    • Os leitores
    • Outras produções
    • Leituras
    • Nas livrarias
    • Booktrailer
    • Mais
  • Tradução
  • Entre em contato