Mais uma autora italiana até então inédita chega ao Brasil. É Ginevra Lamberti, com seu belo Por que começo do fim. Um livro sobre a morte, com tradução de Cezar Tridapalli, para quem, “apesar de o tema ser visto como pesado pra maioria de nós, a autora consegue muitas vezes ser bastante engraçada, sem perder a ternura nem a seriedade dos momentos mais delicados. Falar da morte e colocar paralelamente a vida pessoal como hostess de ‘airbnb’ foi estratégia que deu certo, proporciona boas metáforas sobre permanências e passagens. Além de ter me encontrado com a escrita da Ginevra Lamberti, conheci, por exemplo, a maravilha que é outra Ginevra, a Ginevra Di Marco, cantora magnífica (sugiro ouvir, na intimidade dos fones de ouvido, a canção “Marcosole”). Conheci ainda a banda “I Camillas”, fantástica, já presença garantida na minha playlist. Conheci também a tanatoesteta Simona D’Avila, além de outras figuras pra lá de interessantes, como pessoas e como atividade que desenvolvem e reflexões que proporcionam. Terminei com aquela sensação: que livro!”
Mais sobre a obra:
E se a vida fosse pensada a partir da morte? E se a ironia pudesse revelar novas perspectivas sobre o fim da vida, olhando com inteligência e humor para um dos tabus mais complexos de nossa época?
Ginevra Lamberti, autora italiana cuja escrita se revela precisa e articulada, caracterizada por profunda capacidade de observação e leveza, não teme investigar os interstícios mais incômodos da nossa sociedade, tornando-os motores de sua busca. Misturando gêneros — o romance autobiográfico que combina realidade e ficção se entrelaça às formas da crônica e do conto —, empreende uma aventura poética e filosófica para conhecer a morte em suas múltiplas camadas: a organização de uma funerária, o mestrado em Death Studies e as práticas de uma tanatoesteta são algumas das situações relatadas pela autora que ensinam a enfrentar esse capítulo da existência sem censurá-lo. Vista de perto, a morte se torna mais humana, e a seu caráter trágico e solene se acrescentam a ironia e a leveza que permitem todo tipo de reflexão, iluminando também aqueles espaços mais escuros. Lamberti fala da poesia do cotidiano a partir de outro ponto de vista: mergulhar na vida, partindo de seu fim.
Mais informações em https://ayine.com.br/catalogo/por-que-comeco-do-fim/
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