Estudo psicanálise – sabendo que a estou estudando – desde 2018. Digo “sabendo que a estou estudando” porque muito cedo eu me indagava sobre questões relativas à subjetivação e ao papel da linguagem na criação do sujeito. Muito antes até do curso de Letras, na UFPR, no qual me formei, fazendo posteriormente o mestrado em Estudos Literários na mesma instituição. Como leitor e escritor de literatura, a investigação dos atos, dos pensamentos, das contradições entre o que o indivíduo pensa e diz e o que o sujeito do inconsciente parece muitas vezes desmentir foi o que desde sempre mais me interessou.
Durante mestrado em Estudos Literários, utilizei bastante referência bibliográfica italiana. A partir daí, fui convidado pela editora da Universidade Federal do Paraná a traduzir Il fantastico, obra teórica do professor Remo Ceserani sobre literatura fantástica. Ali começava uma carreira na tradução e um encontro teórico mais estreito com Sigmund Freud, uma vez que a obra dialogava com o conceito de estranho familiar, anos depois retraduzido no Brasil como “infamiliar”(unheimlich).
Comecei, a partir de 2018, a participar de conversas públicas com psicanalistas e, a partir de um conto meu, “Mimosa pudica”, tema de estudo na Universidade de Caxias do Sul (RS) sob um viés psicanalítico, passei a frequentar formalmente grupos de discussão, primeiro de forma esporádica, como na UsinaDizer, em Florianópolis, nos encontros de Cinema e psicanálise, de Célio Pinheiro, em Curitiba, e no Tempo de morangos, de Josiane Orvatich, também em Curitiba. Depois, parti para formações mais longas: alguns semestres na APC, Associação Psicanalítica de Curitiba (onde tempos depois fiz uma palestra sobre Literatura e Psicanálise), depois na BFC, Biblioteca Freudiana de Curitiba, onde mantenho participação em cartel e grupo de estudos. Na PUCPR, fiz pós-graduação em Psicologia clínica com abordagem psicanalítica e, na IRPA de Milão (Instituto di Ricerca di Psicoanalisi Applicata – Scuola di Specializzazione in Psicoterapia), a especialização Sulla Clinica psicoanalitica dei nuovi sintomi, em parceria com o Centro di Clinica Psicoanalitica Jonas, cujo diretor é o psicanalista Massimo Recalcati, de quem me tornei tradutor de duas obras: O complexo de Telêmaco: pais, mães e filhos após o ocaso do pai e Pasolini: o fantasma da origem, ambos pela Editora Âyiné. Pela mesma editora, traduzi Arquipélago N: variações sobre o narcisismo (ainda não publicado), do psiquiatra e psicanalista Vittorio Lingiardi, com quem tive a felicidade de conversar sobre seu livro anterior, Diagnóstico e destino. Ainda de Massimo Recalcati, traduzi 4 palestras que me marcaram bastante: O Pai | O estrangeiro interior que pressiona as fronteiras | Elogio do fracasso | Mães.
Fazendo análise pessoal já há alguns anos, fui seduzido (e até onde sei seduzir é desviar-se do caminho pelo qual pretendem nos conduzir) pela ideia da clínica, como psicanalista e como coordenador de um pequeno espaço em que outros psicanalistas, e também psicólogos, poderão exercer seu trabalho. Trata-se de dois consultórios no Centro de Curitiba, na Rua Riachuelo, 102, Galeria Heisler, 11º. andar, sala 112, em frente ao Paço Municipal.
Se você é dado a curiosidades e gosta de bastidores, pode acompanhar neste link fotos e vídeos do processo de organização do espaço dos consultórios.
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